PS USA CONSELHEIRO NACIONAL DO PSD PARA ENGROSSAR CRÍTICAS A PONTE NO CANAL CENTRAL.

O PS não se conforma com a determinação da maioria PSD-CDS em avançar com as duas pontes pedonais previstas no Parque da Sustentabilidade.

A mais controversa, em pleno canal central, vai ligar o Rossio ao Alboi, sendo questionada a localização e o encargo com o investimento envolvido em maré de restrições orçamentais. O vereador João Sousa aproveitou a reunião pública para “dar a conhecer” mais uma opinião contrária, no caso de “uma insigne figura do PPD”, que foi revelada após o presidente da Câmara ter considerado, no balanço do mandato, “não existir motivo objectivo” para impedir o avanço do atravessamento. O eleito socialista deu eco à indignação mostrada pelo “número dois do conselho nacional” dos sociais-democratas, António Nogueira Leite, que tem raízes familiares no concelho de Aveiro, onde é presença frequente ao fim-de-semana.

No seu perfil do Facebook, o economista que liderou a Comunidade Portuária de Aveiro até ser nomeado vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos, considerou a ponte no canal central “absolutamente inexplicável e inútil, numa altura em que muitas vias se recomenda jipes, pickup e quiçá carros com lagartas”. João Sousa respigou outra crítica do conselheiro nacional ´laranja´. “Não comentei as contratações no inicio do ano numa Câmara falida e com claro excesso de pessoal, mas estamos a passar do despesismo desbragado ao surreal”, leu. Para o vereador do PS, é a “evidencia que existe desconforto de pessoas em Aveiro e mesmo membros do partido da maioria, que não aceitam aquela construção”, questionada, ainda, a presidência sobre uma eventual “solicitação de esclarecimentos adicionais” em relação ao projecto por parte do Tribunal de Contas quando foi pedido o visto para a obra.

Élio Maia respondeu à parte do alegado excesso de pessoal camarário, invocando um estudo recente onde “em termos absolutos, Aveiro foi o município do País que mais reduziu o número de funcionários”, o que sucedeu muito à custa da integração de quadros dos serviços municipalizados na Águas da Região de Aveiro. O edil garante que Aveiro “está com sete funcionários por mil habitantes, dentro de parâmetros normais”, acusando o vice-presidente da CGD de proferir uma afirmação “tão distante” do que passa, não conhecendo, assim, “a realidade”.

Sobre “a discordância” em relação à ponte, o vice-presidente, Carlos Santos, lembrou, por um lado, que é financiada em 80% e, por outro, o projecto tem opções “para criar o mínimo impacto visual” por se tratar de uma zona sensível da cidade. Além disso, não interfere, garantiu, com intervenções no espaço público previstas no Plano de Urbanização da Polis nem é condicionada por outros regulamentos. “Toda a gente está no direito de discordar, quem ganhou as eleições fomos nós, temos o direito de proceder com o mandato que temos”, vincou.

Fonte: NA


Diário de Aveiro


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