A inauguração da Feira Nacional do Leite e do Bovino Leiteiro (FRILAC) marca a agenda do dia. Um certame dedicado à raça frísia e ao sector dos lacticínios. Carlos Diogo, presidente da Associação Portuguesa dos Criadores da Raça Frísia, diz que se trata de um sector organizado e com produto disponível ao qual faltam compradores.
Esta associação conta com mais de dois mil associados. Cerca de 100 produtores desistiram nos últimos dois anos pelo adiantado da idade, mas também pela crise (dificuldade de escoamento a preços que permitam manter as explorações viáveis).
O XXXII Concurso Nacional de Raça Holstein Frísia terá mais de 200 de cabeças a concurso pelo prémio de melhor vitela e vaca campeã nacional em 22 categorias.
Os produtores acreditam que a chave está na capacidade de escoamento. “É nos tempos de crise que é preciso fazer alguma coisa. Vimos esta feira como realidade para mudar algo. Somos organizados, temos produtos. É preciso é que nos escoem o leite”.
Pedro Pimentel, Presidente da Associação Nacional Industriais dos Lacticínios, lembra que esta é a terceira edição da única competição do sector em Portugal. Vão estar a concurso 150 queijos de 50 empresas em 11 categorias.
Aquele dirigente lembra que os queijos consagrados estão fora da competição que procura mostrar novos sabores. “Isso tem uma lógica. Esses queijos têm perfis definidos e são conhecidos de tpodas as pessoas. Não precisam de apresentação. A lógica é demonstrar que não há só Fiat Punto ou Rolls Royce nos queijos”.
A FRILAC arranca hoje no parque de feiras de Aveiro e, segundo informação avançada pela administração da Aveiro Expo, vai manter-se no calendário de feiras mesmo depois do regresso da Agrovouga no próximo ano. Diário de Aveiro |