Os Partidos Politicos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo olham para o “Documento Verde” como uma base de trabalho e dizem que em Ílhavo não deverá haver grandes alterações. As Freguesias existentes deverão manter as Juntas ou, no limite, Gafanha da Encarnação e Gafanha do Carmo poderão ter uma Junta comum. Para Rui Dias, do PSD, o cenário não parece levantar grandes dificuldades e poderá trazer algumas vantagens. "Em termos de eficácia pode ganhar-se alguma coisa, no equilíbrio das contas, acho que a gestão integrada, a racionalização, a gestão sustentada de alguns equipamentos tem vantagens e não vejo inconvenientes", disse. José Vaz, do PS, diz que "a discussão vai ser feita ao longo dos próximos meses". Ainda assim, chama a atenção para a importância das Freguesias urbanas e dá o exemplo de São Salvador pela abrangência territorial. "São Salvador engloba a Coutada, Ribas, Légua, Ermida, Carvalheira, Vale de Ílhavo, Gafanhas de Aquém, Boavista, Senhora dos Campos, quero dizer que entendendo a redução das Freguesias mas em casos muito especificas, em Concelhos em que haja uma ou duas, agora nesta situação de Ílhavo, vamos ver", concluiu. José Alberto Loureiro, do PCP, diz que o assunto poderá não passar de alterações pontuais. Salienta a importância que as Juntas de Freguesia têm no país e sublinha as assimetrias entre litoral e interior. "Este País não tem Freguesias como Ílhavo em abundância, existem dois países, o do litoral e o do interior, são coisas distintas e tem de se pensar bem sobre o que se pretende fazer", disse no debate no programa “Discurso Directo” da Terra Nova. Diário de Aveiro |