A CERCIESTA aproveitou a abertura do ano lectivo para dizer que os utentes deficientes necessitam de centro de acolhimento. Maria de Lurdes Breu, presidente da instituição, quer contribuir para uma resposta mais eficaz que passa pela instalação de um Centro de Actividades Operacionais “mais diversificado, com uma maior dimensão”; pela existência de um Centro de Recursos para a Inclusão, que sirva a comunidade “e não apenas os agrupamentos escolares”; e a construção da Casa da Sr.ª do Monte, um lar de acolhimento para casos emergentes.
Helena Terra, directora do Centro Distrital de Segurança Social de Aveiro, admite que há carências no sector. “A taxa de cobertura de respostas sociais na área de intervenção das pessoas jovens e adultas com deficiência está muito abaixo daquilo que seria expectável”, afirmou um dia antes da inauguração de equipamento social em Albergaria-a-Velha, da APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, reforçando que mesmo com a nova estrutura o distrito continua com necessidades “muito acima da média”. A responsável aproveitou para reforçar a importância da aproximação deste tipo de instituições à comunidade e do papel do voluntariado.
Maria de Lurdes Breu apresenta duas soluções possíveis: a ampliação das actuais instalações da Fontinha, com a entrega das oficinas municipais, ou a cedência por parte da Câmara do edifício do Agro, de forma a “salvaguardar a população deficiente de Estarreja que faz parte do todo igual. Vamos analisar, comparar custos e decidir, já perdemos muito tempo”, afirmou.
Quanto aos anseios da CERCI, “vamos continuando a conversar”, garantiu o vereador João Alegria que também focou a “partilha que a comunidade deve ter. Isto é uma responsabilidade de todos”. Diário de Aveiro |