O Presidente do Grupo Parlamentar do PSD defendeu hoje, em Ovar, que devemos olhar “sem complexos” para a economia social. Falando no final de uma visita à Santa Casa da Misericórdia, o deputado eleito pelo círculo de Aveiro exortou o Estado a “acreditar nas instituições de solidariedade social, sem o sentido de concorrência”. A visita à instituição vareira inseria-se nas Jornadas Parlamentares do PSD, que esta segunda-feira começam no Fundão, e teve iniciativa idêntica nos demais círculos eleitorais do País. Todos os deputados aveirenses do partido tomaram contacto com a realidade da Santa Casa ovarense, que alberga 120 idosos no lar, 70 no centro de dia e 200 crianças no seu espaço infantil, para além do apoio que presta a 70 idosos no domicílio. “Sabíamos que a Santa Casa é rica em património, suspeitávamos de que fosse rica nas actividades que desenvolve e comprovámos isso mesmo ao longo desta visita”, declarou, na ocasião, Luís Montenegro, abrindo as portas do Grupo Parlamentar a que preside para acolher qualquer pedido ou sugestão da instituição. Luís Montenegro defendeu, “sem complexos”, a economia social, dando o exemplo dos 200 trabalhadores que a Santa Casa da Misericórdia de Ovar acolhe. “Quantas empresas do Concelho empregam tanta gente?”, interrogou, em jeito de resposta, o líder do Grupo Parlamentar social-democrata. Deixando uma mensagem “de confiança” neste tipo de instituições, o parlamentar garantiu o seu esforço “numa aposta grande para que sejam criadas as condições necessárias ao seu desenvolvimento”. “Não temos nada contra o lucro económico-financeiro destas instituições, desde que seja aplicado na melhoria das condições delas próprias. Ganham as instituições e ganha o Estado, que poupa dinheiro”, reforçou Luís Montenegro, colocando-se à disposição para fazer a ponte com a Administração Central, “que deve aproveitar a experiência das IPSS, fazendo-a reflectir no desenvolvimento social e económico da região e do País”. Luís Montenegro haveria de repetir a expressão “sem complexos” para referir-se à ideia de que instituições como a Santa Casa da Misericórdia de Ovar devem constituir-se como “motor de desenvolvimento das regiões”, através de um “trabalho social que importa valorizar”. Diário de Aveiro |