Borges Gouveia, Director do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial, da UA, duvida da eficácia da introdução de portagens nas ex-SCUT e diz que a medida poderá custar mais aos cofres do Estado quando chegar a altura da reparação de vias nacionais degradadas, devido ao aumento do tráfego que deixa as antigas auto-estradas sem custos para o utilizador, para circular nas vias secundárias. Entrevistado no programa “Conversas” declarou que as contas não estão feitas mas podem trazer surpresa. "A estrada nacional 109, com o afluxo que passou a ter, vai custar a cada utente muito mais tempo, porque se demora muito a fazer o percurso, mas, por outro lado gasta-se muito mais em gasolina, já para não falar na manutenção do automóvel", sublinhando ainda que "muito mais vai gastar quem tiver que pagar, neste caso, o Estado, a manutenção das estradas secundárias que não estavam dimensionadas para este nível de fluxo de trânsito, de pesados e ligeiros, que estão a destruir em permanência a via rodoviária e quando se fizer obra de recuperação, terá custos muito significativos", disse. Diário de Aveiro |