Dois vice-campeões mundiais de sub-20, Ricardo Dias e Serginho, integram o plantel do Beira-Mar com o objectivo de crescer no futebol profissional. Os atletas que representaram Santa Clara e Trofense pertenciam aos quadros do FC Porto mas surgiram livre de compromissos. Médio e extremo direito já trabalham em Aveiro e representam a aposta num plantel com mais jogadores portugueses.
Ricardo Dias é um jovem natural da região e que passou pela formação do Beira-Mar. “Joguei na formação do Beira-Mar durante 7 anos e isto é um regresso a casa. Estou contente pelo regresso porque é o maior clube da região. Os meus objectivos são os objectivos da equipa”, disse o médio que gostou da forma como se processou a apresentação a bordo de um moliceiro. “É uma apresentação muito bonita. Há que aproveitar a beleza desta cidade. Não há melhor imagem da cidade do que esta”.
O futuro passa por conseguir resultados e ganhar a confiança dos adeptos. “Os jogadores gostam de sentir o carinho dos adeptos. Na selecção, a equipa foi mostrando qualidade e toda a agente se interessava por nós”, sublinha o atleta que pertencia aos quadros do FC Porto e que esteve cedido ao Santa Clara na época passada.
Ricardo Dias diz que o FC Porto não foi aposta falhada e acredita que está no caminho certo. “Faz parte da vida. Temos que tomar decisões e vou jogar na I Liga. Não considero um recuo. É uma nova oportunidade. Não vejo como aposta falhada. O percurso no FCP foi engraçado e cresci. Agora estou aqui de corpo e alma”, salienta o médio que aprova a aposta do Beira-Mar em jovens. “É importante e um exemplo para o futebol Português. A prestação no mundial ajudou. O jogador nacional tem qualidade”.
Serginho quer agarrar a oportunidade na estreia na I Liga. “Consegui chegar à I Liga e o Beira-Mar tem um projecto bom. Estou aqui para trabalhar. Foi uma época muito boa porque não era opção e depois comecei a jogar, fui à selecção e consegui estar sempre bem. Não trago mágoas do campeonato do mundo. Tive uma entorse. Estou orgulhoso por ser vice-campeão e triste porque não joguei”. Diário de Aveiro |