Assembleia Municipal tenta, esta quarta-feira à noite, em sessão extraordinária, obter consenso na cedência do estádio municipal ao Beira-Mar. A primeira versão do contrato de gestão proposto pela Câmara ao clube foi rejeitada. Dois vereadores da maioria PSD-CDS que alinharam com a oposição, colocando reservas legais e financeiras, acabaram destituídos de funções pelo líder da edilidade, Élio Maia. Manuel António Coimbra, deputado municipal do PSD, bancada de quem partiu o agendamento da AM extraordinária, considera útil o envolvimento do orgão para fazer "recomendações" dos termos a constar no novo contrato que permitam a sua aprovação. "Foi uma oportunidade perdida, mas estamos a tempo do bom senso imperar", disse o vogal social democrata, apelando a que surjam “pontes de diálogo para resolver uma situação complicada” e evitar que o município continue a despender “enormes verbas” com o estádio. O acordo com o Beira-Mar iria, nas contas da Câmara, permitir poupanças de 650 mil euros por ano. O PS, através de Gonçalo Fonseca, já condicionou o voto favorável da sua bancada à obtenção do visto favorável do Tribunal de Contas e revisão do Plano de Saneamento Financeiro da autarquia, que previa a concessão do estádio por 65 milhões de euros. O presidente Élio Maia, na última AM, voltou a lembrar que foi a actual Câmara que teve a iniciativa de, face aos encargos assumidos por anteriores elencos com o Beira-Mar, na ordem dos 15 milhões de euros, fazer um protocolo para "limpar” as situações de incumprimentos. "Ficámos com o problema das piscinas, mas valeu a pena ter esta tranquilidade de saber que as coisas ficaram claras", disse, aceitando agora retomar o processo. Fonte: NA Diário de Aveiro |