O PSD poupou na Assembleia Municipal (AM) a vereadora da cultura Maria da Luz Nolasco pela actividade do Teatro Aveirense (TA) que tem merecido, mesmo da bancada que suporta a coligação, críticas mais ou menos veladas. A gestão da sala mais importante de Aveiro não deixou, ainda assim, de ser abordada pela oposição durante a discussão da proposta de extinção da Teatro Aveirense Lda., a sociedade originalmente proprietária do edifício onde a Câmara foi adquirindo a totalidade do capital social ao mesmo tempo que, há 11 anos, criou a empresa municipal do Teatro Aveirense TEMA, a quem cabe a gestão cultural de facto. “Não é o momento de discutir a estratégia do TA, nem de política cultural. Isso foi aquando do plano de actividades”, disse Olinto Ravara, vogal do PSD. À atitude dos sociais democratas, evitando entrar em troca de argumentos, não será alheia ao apoio que a eleita pelo CDS tem dado, ultimamente, a decisões emblemáticas da presidência, nomeadamente o arruamento do Alboi e o contrato do estádio, este último acabou, ainda assim, por ser chumbado com dois vereadores da maioria, entretanto proscritos. Com o afastamento de Miguel Fernandes e Ana Vitória Neves do executivo, passando a eleitos sem pelouros, Maria da Luz Nolasco, eleita na lista do CDS, poderá ser determinante em futuras deliberações. O PSD não pretenderá, por isso, hostilizar a vereadora da cultura e acção social que chegou a enfrentar o vereador das finanças, Pedro Ferreira, a quem atribuiu uma pretensa tentativa de concessionar serviços do TA. A extinção da Teatro Aveirense Lda. acabaria por ser aprovada por unanimidade. Maria da Luz Nolasco, sem entrar em pormenores, comprometeu-se com mudanças profundas. "Tem de ser uma nova vida, com renovação a vários níveis", referiu. A sala e estrutura de gestão vai assumir novas responsabilidades culturais no concelho. "O desenho e concepção programática da cultura que queremos em termos do município passará a ser orientada a partir do teatro", antecipou. Será pensada à escala municipal mas também de "de nível nacional e internacional". Sobre a direcção artística, rejeitou repetir a opção por "uma diva do pensamento único", propondo entregar a responsabilidade a uma "entidade" que possa apoiar a programação. "Não digo se é uma, duas ou três pessoas, será um conjunto", afirmou. Fonte: NA Diário de Aveiro |