O Governo tem o direito de repensar o mapa de encerramento de escolas mas a escola da Ermida vai mesmo fechar. Garantia deixada pelo presidente da Câmara de Ílhavo que comentava a decisão do Ministério da Educação liderado por Nuno Crato de reavaliar o encerramento de escolas do ensino básico. Ribau Esteves admite que este passo possa levar a conclusões diferentes nalguns concelhos do interior mas lembra que, no caso de Ílhavo, a única escola destinada ao encerramento, deverá mesmo fechar agora que há novos centros escolares. “O presidente da ANMP chamava a atenção de que há muitos centros escolares a abrir para substituir escolas que se decidiu fechar. O Governo seguramente ponderará. Acho legítimo que se repense mas no caso de Ílhavo é um processo irreversível. Não vejo justificação para que se venha a alterar esta decisão que está tomada entre a Câmara e o Ministério. Há uma nota de compreensão pela decisão de rever essa matéria e vamos aguardar com a certeza que a escola da Ermida não voltará abrir”, disse o autarca de Ílhavo na reacção à reanálise deste processo.
Ribau Esteves comentou, ainda, o corte no 13º mês decidido pelo Governo para quem ganha acima do salário mínimo nacional. Diz que compreende a decisão mas espera ver o Governo decidir questões bem mais importantes ao nível do sector empresarial do Estado. “Esta decisão que a todos custa e desagrada vale 800 milhões de euros e uma chamada de atenção. Toda agente é precisa para este processo. Acho que o Governo tem outras decisões bem mais importantes em termos de poupança do Estado. Espero que essas surjam bem e depressa e gostava que tivessem surgido antes desta. Mesmo sabendo que é mais difícil executar a reforma de CP, RTP e tantas empresas do sector dos transportes que dão prejuízos. São acções que exigem tempo”, admite o autarca de Ílhavo e presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro na reacção às primeiras medidas tomadas pelo novo Governo. Diário de Aveiro |