OPOSIÇÃO CRÍTICA AUMENTO DE TARIFAS PARA SÃO JACINTO. ÉLIO MAIA DIZ QUE É PRECISO ESCLARECER CONCEITO DE RESIDENTE.

Uma munícipe, não moradora mas que trabalha na freguesia de São Jacinto, tomou a palavra durante o período antes da ordem do dia na Assembleia Municipal de Aveiro para se queixar de discriminação relativamente a outros residentes no concelho. A sessão realizou-se em São Jacinto e aquela trabalhadora questionou o aumento de tarifas para não residentes. Cláudia Santos lembra que não reside mas trabalha na freguesia e que os custos das deslocações são brutais com o novo tarifário que entra em vigor amanhã. “Será que S. Jacinto não pertence a Aveiro?”, questiona a moradora que considera “um absurdo” ter de pagar 6 euros e 30 cêntimos pela viagem de lanha e autocarro entre São Jacinto e Aveiro.

O presidente da Câmara justificou a actualização dos tarifários pelos prejuízos dos transportes, na ordem dos 50 mil euros, tendo sido tomada a opção de aumentar receitas. Élio Maia advoga que há “alguma falta de informação” uma vez um cidadão com interesse directo em S. Jacinto pode ser equiparado a residente.

Fonte do PS esclareceu, contudo, que a deliberação tomada na Câmara não estabelece esse regime, mas será proposta em próxima reunião do executivo pelos eleitos do partido. A oposição em coro subscreveu as queixas quanto à subida dos tarifários a partir de 1 de Julho.

O porta-voz do PSD na AM considerou “pertinente” a queixa de discriminação nos tarifários dos transportes fluviais feita por não residentes em S. Jacinto do concelho de Aveiro mas que trabalham na freguesia.

Manuel António Coimbra (PSD) aproveitou para relançar o debate sobre a construção de uma ponte para S. Jacinto. Admite que o PSD quer contemplar o projecto de uma ponte na revisão do PDM. “É um tema que nos deve questionar porque hoje há muito boas soluções que poderão aproximar estes dois pólos com benefícios para ambas as partes”, sublinha o deputado.

Raul Martins (PS) sugere o regresso das lanchas à sede do concelho. “Lembram-se que as lanchas iam ao centro quando não havia eclusas. O município tem a obrigação de criar um sistema de lanchas rápidas que obriguem São Jacinto à sede do concelho e, depois, um serviço complementar entre São Jacinto e o Forte”, defende o deputado do PS num debate sobre as ligações a São Jacinto.


Diário de Aveiro


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