CLIENTES DIZEM QUE FALTA CLAREZA NO TARIFÁRIO DA ADRA SOBRE ESCOAMENTO DE FOSSAS.

Queixas de cidadãos sobre a falta de clareza no tarifário do escoamento de fossas está na origem de uma onda de protestos, nomeadamente na Gafanha da Nazaré, onde nas áreas que não são servidas por saneamento, os utentes viram o escoamento disparar em relação ao que era prática. As queixas já chegaram a entidade da concorrência e foram colocadas perante a Câmara de Ílhavo na última reunião do executivo. Alberto Monteiro diz que o tarifário publicado pela empresa Águas da Região de Aveiro não fala em quantidades e esse facto está a ser aproveitado para uma facturação que implica um valor crescente em cada viagem efectuada ao local se escoamento. “O serviço é facturado de acordo com a quantidade medida correspondente ao número de serviços. O presidente ficou interessado e disse que ia ver a questão. Há duas formas de verificar: ver se o protocolo está a ser cumprido e a segunda é a posição de accionista de referência que deve levar a autarquia a pugnar pela transferência dos tarifários”, adianta o cidadão que levantou a questão em reunião de Câmara.

Alberto Monteiro lembra que dantes a cobrança era feita pelo tempo investido no serviço e que agora está dependente de quantidades o que origina situações caricatas. Além da penalização pela falta de saneamento, os clientes ainda pagam um valor muito superior aos consumos de água se comparado com os consumidores que dispõem de saneamento. “Num consumo anual de água uma pessoa pagou pela água 103 euros e pagou de saneamento 84 euros. Isto num ano. Agora vejam o caso dos outros que não têm saneamento e têm que escoar fossas. São custos desmesurados comparados com isto. Já são penalizados por não ter saneamento como ainda têm que pagar muito mais. E não é só pagar mais. É pagar o que não é devido porque não está no tarifário. Ou está no tarifário ou isto tem que arrepiar caminho”, declara Alberto Monteiro.


Diário de Aveiro


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