Num mundo cada vez mais dinâmico e em constante evolução, o valor da mobilidade tem um papel central na nossa vida. Na Consulta Toyota para a Mobilidade, um debate de ideias que anda a percorrer o país e decorre durante o dia de hoje no Estádio Municipal de Aveiro, a pergunta que se coloca é como responder às necessidades de mobilidade da nossa sociedade sem esgotar os recursos naturais?

“Ainda estamos muito dependentes das energias fósseis, logo precisaremos de arranjar tempo para conseguirmos produzir em quantidade suficiente energias alternativas. Também são colocadas questões sobre as infraestruturas tecnológicas, vamos ter até ao final do ano 1300 pontos de carga para veículos eléctricos, mas ainda não serão suficientes comparativamente à rede de abastecimento de combustíveis fósseis.”

Paula Arriscado da Toyota Portugal garante que não é possível passar de uma mobilidade 100% assente num motor de combustão para um carro 100% eléctrico, mas são várias as medidas que contribuem para esta mudança, por exemplo, "foi público há poucos dias o Livro Branco da Mobilidade da Comunidade Europeia onde prevê uma série de entraves à circulação de automóveis mais poluente nos centros das cidades." Não é de um dia para o outro, mas a este ritmo, a mobilidade poderá começar a notar-se no espaço de uma década. "Existem vários prognósticos, alguns dos quais apontam para, por exemplo, em 2020 termos cerca de 3 a 5% da frota automóvel mundial de veículos 100% eléctricos. Também vai haver um aumento gradual mais acentuado nos veículos híbridos com extensão de electricidade, isto porque as marcas também estão a apostar seriamente no desenvolvimento destas tecnologias. Mas serão precisos cerca de 10 anos para se sentir uma mudança acentuada, mas nunca uma mudança radical.”

Por enquanto há medidas que o automobilista comum pode tomar para proteger o ambiente, actos eco-eficientes como reduzir as travagens, reduzir a velocidade, utilizar o mínimo de equipamentos acessórios como o ar condicionado, são pequenas medidas que diminuem e muito a emissão de dióxido de carbono para o ambiente.

Este estudo, que está a ser organizado pela Toyota, conta com o apoio científico do Instituto de Engenharia Mecânica – Pólo IST – e da Occam. Por um lado, pretende-se promover a mobilidade sustentada em Portugal, através da realização de diferentes experiências de eco-condução com automóveis híbridos. Por outro, espera-se avaliar a viabilidade da mobilidade sustentada no país, com base numa recolha de informação sobre as práticas ambientais e de condução dos portugueses.

Diário de Aveiro