JUNTA DE SÃO JACINTO SONHA COM RELANÇAMENTO DOS ESTALEIROS NA FREGUESIA.

O presidente da Junta de Freguesia de São Jacinto acredita que os estaleiro têm futuro. A localização e a arte dominada por muitos construtores de São Jacinto pode facilitar esse regresso à actividade. Rui Vaz acredita que os estaleiros não fazem apenas parte do passado da freguesia e no momento em que muitos defendem o regresso ao mar, o autarca diz que é preciso olhar para a freguesia como local de excelência onde há técnicos conhecedores. “Não é hipótese a descartar. Tem instalações, tem a proximidade à agua. O antigo estaleiro pode ser reconvertido e quem foi empregado no estaleiro está a trabalhar. É gente que sabe trabalhar. Há gente em todo mundo aqui formada. Podem sempre voltar se houver essa possibilidade. Há know-how. Acho que São Jacinto está na ponta da lança que Portugal deve arremessar para o mar. Só temos êxito virados para o mar e nós estamos em local privilegiado”, salienta o autarca.

A falência dos estaleiros foi decretada em Maio de 2006 e as instalações estiveram votadas ao abandono após o fecho da empresa, seguindo-se a disputa judicial entre a massa falida e a Vougaimóveis para definir o proprietário dos 39 mil metros quadrados do terreno onde o estaleiro está implantado, junto à ria.

O Supremo Tribunal de Justiça viria a confirmar que os terrenos e as instalações não pertencem à empresa cuja falência foi decretada em Maio de 2006. Agora, o espaço, abandonado, é conhecido apenas pelo saque aos que resta da actividade.

Há quatro anos surgiram investidores noruegueses atentos ao futuro dos estaleiros mas decidiram-se por outro local para lançar um estaleiro e, agora, os responsáveis da freguesia, esperam que o mercado devolva esta capacidade à freguesia. “A proximidade a as condições de atracagem e a acessibilidade à Barra são privilegiadas, por exemplo, em relação à Navalria. Os acessos limitam, é verdade, mas há outras opções que podem surgir. O sítio está lá. As pessoas estão lá e se houver investidor acredito que há viabilidade”.

Rui Vaz acredita que o investimento em turismo não é incompatível mas admite que o objectivo é regressar à indústria. “Temos que apostar no turismo e temos condições mas não podemos pensar apenas num sector. Há ali futuro. Neste momento a economia local vive apenas do turismo mas temos que diversificar. Há muita gente que trabalhou e voltaria a trabalhar no estaleiro com muita qualidade”, sublinha Rui Vaz em entrevista ao programa “Conversas”. Para ouvir logo mais às 19h00.


Diário de Aveiro


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