O PCP de Aveiro diz que a transferência da propriedade das instalações do Conservatório de Música de Aveiro, da Câmara Municipal para a empresa Parque Escolar “está longe de constituir garantia de que os problemas sentidos no Conservatório, que vão muito para além do estado das instalações, sejam efectivamente resolvidos”.
Adverte que a “transferência da propriedade das instalações escolares para a Parque Escolar e subsequente pagamento de aluguer das mesmas pelas escolas, é previsível que o Conservatório venha a sentir, no futuro, em função desse novo encargo, pesados constrangimentos de funcionamento, com reflexo na qualidade do ensino, independentemente da vontade e do manifesto empenho dos seus docentes e órgãos de direcção”.
Justifica esta posição com o que diz ser a “subestimação do Ensino Artístico no quadro do sistema de ensino português, os cortes realizados e programados no orçamento da educação, as crescentes carências em recursos financeiros e humanos, incluindo os necessários para suprir as carências básicas de funcionamento” e que não serão “sanados com esta operação”.
Diz, ainda, que a “atitude da Câmara Municipal de Aveiro neste processo é inaceitável” e que a “declaração pública da sua incapacidade de resolver o problema da degradação das instalações deveria encher de vergonha a actual maioria PSD-CDS” sugerindo o recurso a fundos comunitários. Diário de Aveiro |