BOMBEIROS ADMITEM TEMPOS DIFÍCEIS COM QUEBRA NAS RECEITAS.

A redução das comparticipações aos Bombeiros pelo transporte de doentes está a criar constrangimentos financeiros e os Voluntários de Ílhavo assumem que não vale a pena esconder a questão. Com mais de 30 funcionários, a estrutura sente dificuldades. Hélder Bartolomeu diz que a responsabilidade é continuar a lutar para assegurar os meios no final de cada mês. “Se estivesse a dizer que não estaria a mentir. Com esta ajuda da diminuição há uma redução grande. Causa problemas. As viaturas são as mesmas, o pessoal é o mesmo, o gasóleo subiu e os custos dantes eram repartidos. Agora com uma pessoa, os custos aumentam. Temos 30 funcionários e é complicado”, adianta Hélder Bartolomeu.

O presidente da Associação Humanitária lembra que o sistema de transporte de doentes é confuso, desde logo porque há isenções para famílias carenciadas mas os Bombeiros não dispõem de meios para saber em que casos vão aplicar tarifas. “Ainda agora na reunião de segunda-feira vimos duas facturas em que nos foi chamado a atenção que se tratava de pessoas carenciadas. Temos que verificar se são ou não são dentro da nossa convivência. Pelo modo como vivem cortamos e anulamos estas facturas. Isto já anda a mexer nas corporações. Deixa de haver trabalho”, explica Hélder Bartolomeu em entrevista na semana em que a corporação celebra 118 anos de vida.


Diário de Aveiro


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