Os Bombeiros de Vagos admitem reduzir o quadro de pessoal mas ainda não sabem quando nem em que sectores. A situação financeira foi discutida a última Assembleia-Geral no debate sobre Relatório e Contas de 2010. Em causa, segundo Ricardo Fernando, estão alterações impostas pelo Estado em matéria de transporte de doentes, dívidas de várias entidades, nomeadamente Câmara e ARS, aumento de encargos com segurança social e subida do preço dos combustíveis.
O presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Vagos, admite que pondera a redução do quadro de pessoal. “Uma avaliação de contas, avaliação de receitas e custos e começar a fazer cortes. Cortes que têm de ser feitos nas despesas e aí é em pessoal que é a máquina mais pesada. É a mais difícil de cortar porque falamos de pessoas e famílias”, admite o presidente da Associação Humanitária.
Os Bombeiros Voluntários de Vagos enfrentam dificuldades financeiras e o assunto foi discutido, ontem à noite, em Assembleia-Geral. “Neste momento garantido temos dinheiro para pagar o próximo mês. Esperamos que as entidades vão pagando. Se assim não acontecer a situação ficará muito complicada”, admite o dirigente.
No levantamento das dívidas em Fevereiro, foram apontados valores que a corporação ainda tem a receber. “É uma situação complicada porque apesar de termos alguma nota na rua temos dificuldade que as entidades devedoras liquidem. É uma situação complicada a nível de liquidez. A 28 de Fevereiro, tínhamos a receber, a essa data, do INEM 10 mil euros, da ARS 151 mil euros, de particulares 11 mil euros, hospitais e seguradoras 5 mil euros e de subsídios da Câmara 62 mil euros”, contabilizava Ricardo Fernando. Diário de Aveiro |