Nalguns casos 10% e noutros 30%. São os limites máximo e mínimo dos praticantes de desporto escolar em cinco estabelecimentos de ensino de Ílhavo (escolas Básicas 2.3 e Secundárias). Parte significativa movimenta atletas federados o que leva o coordenador de desporto escolar na Escola Básica da Gafanha da Encarnação a dizer que os dados podem induzir em erro quanto ao universo de praticantes.
Paulo Pinhal teme que apenas um número residual esteja a assumir verdadeiramente a prática desportiva. “Será que os dados apurados serão significativos? Eu como professor começo a achar que o desporto escolar deveria ser, essencialmente, para alunos que não praticam actividade física fora da escola. Os que andam os clubes e na natação já praticam actividade física”, adianta Paulo Pinhal.
O responsável pelo desporto escolar na EB da Gafanha da Encarnação teme que a crise acabe por levar à destruição do projecto e aponta como caminho o trabalho entre escolas e o envolvimento das autarquias. Diz que Ílhavo é caso exemplar nessa área. “O desporto tem tendência para se extinguir, a não ser que se estabeleçam parcerias entre escolas e autarquias para organizar o desporto escolar de outra forma”, salienta Paulo Pinhal.
O estudo que caracteriza o desporto escolar em Ílhavo foi desenvolvido por estagiários de Educação Física e foi apresentado publicamente, ontem, na escola básica da Gafanha da Encarnação. Diário de Aveiro |