Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo admitiam que este cenário se iria colocar. Na última edição do programa “Discurso Directo” era já convicção que José Sócrates iria apresentar a demissão em caso de chumbo do PEC 4. Para José Alberto Loureiro, do PCP, os partidos de poder deveriam olhar para o país sem ver apenas números e que esse tem sido o erro cometido ao longo dos anos e não vê futuro apenas pela rotatividade entre PS e PSD. “A nossa dívida é grave mas veio trazer a situação em que os portugueses se encontram. Agora dizem que é a vez do PSD. Isto é que é futurologia. Concluíamos que não estamos melhor”, crítica JAL.
Júlio Merendeiro, do PS, diz que os números são importantes e que é preciso travar o aumento da despesa mas sem maquilhar números. “Não deve haver travões. Deve haver políticas de corte efectivo da despesa. Quando começarmos a vir à tona, o travão sai do lado da despesa, e a despesa volta a ser galopante. Depois vem o PEC 5, 6, 7, 8 e 9. O PSD poderá vir a ser força dominante e, desta forma, tenho convicção que as medidas agora anunciadas vão ser postas em prática”, adianta JM.
Flor Agostinho, em representação do PSD, diz que há falta de verdade nos números e que a classe política não consegue manter uma relação de verdade com o povo. “Lá estamos jogar com os números. É a habilidade do Ministro das Finanças. Ainda há pouco foram reduzidos os membros da Assembleia mas foram aumentados os plafonds de despesas de representação. Isto é brincar com o povo. Esta governação não tem sentido nenhum”, conclui FA em debate na última edição do programa “Discurso Directo”. Diário de Aveiro |