Os deputados eleitos pelo partido Socialista na Assembleia Municipal da Murtosa dizem-se alvo de "abusos de poder por parte dos elementos do PSD". "Desde a negação da gravação das sessões para que fiquem registados e de acesso ao público todos os assuntos apresentados e discutidos, passando pela forma tendenciosa como as actas são redigidas, ocultando e até distorcendo a verdade dos factos", revelam que se sentem "confrontados com atitudes prepotentes do Presidente da Assembleia Municipal na orientação dos trabalhos". "As regras impostas no Regimento pela maioria do PSD, são um verdadeiro atentado à liberdade de expressão e intervenção, tentando amordaçar através do ridículo dos tempos definidos para as intervenções, provocando sérios conflitos, que os membros do PS têm por obrigação contestar", revelam os deputados em comunicado. "O maior abuso e atentado à democracia ocorreu durante a sessão do passado dia 25 de Fevereiro, com a atitude arrogante, discriminatória, despropositada e prepotente, por parte do Presidente da Assembleia que, após várias agressões verbais proferidas pelo Presidente da Câmara Municipal, Santos Sousa, contra os representantes do PS, mandou intervir a GNR para tentar silenciar e retirar da sala um membro do PS, que legitimamente contestou a ofensa a que tinha sido sujeito, defendendo a sua honra e consideração. É de louvar a competência e sentido democrático da autoridade policial no ultrapassar da situação, evitando intervir no sentido de executar a ilegítima pretensão do Presidente", denunciam os Deputados Municipais, que afirmam ser "gritante a dualidade de critérios usada pelo presidente da Assembleia, tratando com total passividade as posições injuriosas e mesmo vexatórias assumidas pelo presidente da Câmara e, ao contrário, tentar reprimir e intimidar a nossa actuação política", dizem. Diário de Aveiro |