O Bloco de Esquerda chama-lhe a “vergonha dos salários em atraso”. Depois da visita, ontem, aos trabalhadores em vigília conta os salários em atraso na empresa M. D. M. Cozinhas, Lda., com sede na Zona Industrial de Barrô, concelho de Águeda, o BE diz que a “situação é socialmente grave, dado que alguns destes trabalhadores se encontram com mais de 4 meses de salários em atraso, bem como com vários subsídios em dívida. No total a soma que a empresa tem em dívida para com os trabalhadores pode chegar aos 8 salários”. O atraso no pagamento levou os trabalhadores a rescindirem o contrato de trabalho com a empresa no passado dia 28 de Janeiro.
Pedro Soares já dirigiu perguntas ao Ministério da Economia sobre o acompanhamento dado a este caso uma vez que a empresa terá entrado em processo de insolvência no final de 2008 e terá enveredado por um Processo Extrajudicial de Conciliação. Para o BE “o plano para a recuperação da empresa está, obviamente, ferido de morte”. Ainda assim, admite que é necessário “dar uma solução aos problemas sociais vividos pelos trabalhadores” e “avaliar as possibilidades de salvação da empresa e da manutenção dos postos de trabalho”. Sendo o PEC analisado pelo IAPMEI, o BE quer saber que tipo de acompanhamento foi dado à aplicação do PEC.
Recorde-se que os trabalhadores encontram-se em protesto, junto às instalações da empresa, para tentar reaver os seus salários e como forma de fisclizar uma eventual retirada de maquinaria ligeira. Diário de Aveiro |