DEPUTADOS DO PSD PREOCUPADOS COM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS DE CASTELO DE PAIVA.

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Aveiro estão preocupados "com testemunhos preocupantes de cidadãos quanto à forma como os cuidados de saúde primários não estão a ser garantidos em Castelo de Paiva". Na sequência da visita ao concelho em Novembro último, os parlamentares social-democratas fizeram agora chegar uma Pergunta ao Ministério da Saúde, questionando-o sobre "a estratégia para a unidade de saúde paivense".

Em Castelo de Paiva, o Serviço de Atendimento Permanente funcionava 24 horas por dia. “Contra todas as promessas, inclusive de actuais membros do Governo, foi este serviço encerrado sem que estejam concluídos o IC35 e a variante à EN222” – escrevem os deputados do PSD no texto que suporta a Pergunta, onde se refere, igualmente, que "a consulta aberta que foi implementada, não tem os horários estabelecidos assegurados a 100 por cento".

Os deputados do PSD apuraram, durante a visita, que cerca de 7.000 utentes não têm médico de família, quase 40 por cento do total dos cidadãos inscritos no Centro de Saúde de Castelo de Paiva, “situação que se afigura absolutamente insustentável, nomeadamente após o encerramento do SAP”.

“É ainda lastimável o estado em que se encontra o piso inferior do Centro de Saúde, quase desactivado e vazio, com equipamentos novos a serem substituídos por outros mais antigos”, lamentam os parlamentares, sustentando, por outro lado, que "há doentes que não são atendidos, não sendo inclusivamente autorizada a abertura da respectiva ficha e doentes cujas credenciais de transporte não são emitidas, mesmo com direito às mesmas". Para o PSD, “as situações descritas são tanto mais graves, quanto falamos de um concelho do interior do País, com dificuldades evidentes no que concerne às acessibilidades e com elevadas taxas de desemprego, ou seja, onde as carências e desigualdades sociais são bastante evidentes”.

Os deputados interrogam a tutela sobre se tem conhecimento dos procedimentos que estão a ser utilizados, nomeadamente "os que se referem à não abertura de ficha de doentes que não são atendidos e à não emissão de credenciais de transporte para casos em que o paciente tem direito a esse transporte e quando pensa o Ministério da Saúde resolver o problema da falta de médicos de família no Centro de Saúde de Castelo de Paiva". Outra questão prende-se com o número de médicos que entende a tutela adequado para o normal funcionamento da unidade e se estão os profissionais em falta em vias de contratação.


Diário de Aveiro


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