Terminado o ano de 2010, é altura de avaliar o trabalho desenvolvido pela Secção de Atletismo do Grupo Desportivo da Gafanha (GDG), lembrando as provas principais em que estiveram presentes os seus atletas, bem como as respectivas prestações e marcas obtidas. Os treinos decorrem na Pista do Complexo Desportivo da Gafanha da Nazaré, de segunda a sexta, entre as 19 e as 20, com um grupo que se espera vir a aumentar neste ano.
Definindo a proximidade do local das provas como primeira condição de participação, em virtude do controlo de custos nas deslocações, os responsáveis pela Secção constatam não ser fácil acumular as funções de treinador e seccionista, face às exigências profissionais e familiares na gestão dos parcos recursos disponíveis. Contam, acima de tudo, com a determinação, sacrifício pessoal e prazer de correr, como método fulcral de trabalho para ir mantendo o espírito de conquista em alta. A partilha de excelentes momentos de convívio e o prazer pela modalidade valem as inúmeras horas de treino e dedicação, mesmo que os resultados fiquem aquém das expectativas.
Efectivamente, Juvenal Magueta e o seu irmão João Carlos não olham a comodismos para respeitar o programa de preparação dos treinos e manter em dia a organização administrativa da Secção. No ano de 2010, destacam a participação nos grandes prémios mais concorridos da região, para além das provas de fundo de que há vários anos não abdicam, como é o caso da Meia Maratona de Ovar. Nas provas de fundo, João Carlos Magueta e Vasco Ladeira estiveram em destaque na 7ª Maratona do Porto, com marcas de causar inveja a atletas bem mais novos.
Questionado acerca das preocupações centrais da Secção, Juvenal Magueta afirma que se torna muito difícil gerir a disponibilidade dos actuais responsáveis com a dos restantes atletas do clube, já que nem sempre é possível corresponder da forma mais ajustada às exigências de carácter administrativo, principalmente por via dos afazeres profissionais. Quanto ao programa de treinos, entende que as metas estabelecidas no início de cada época vão sendo cumpridas, apesar de sentir falta de mais colaboradores capazes de orientar os treinos dos atletas mais jovens.
As maiores dificuldades não se situam apenas no acompanhamento dos treinos, mas também na captação de praticantes da modalidade. Trata-se, afirma, de uma tarefa de enorme significado para a criação de um saudável espírito de equipa e para a consolidação dos diferentes ritmos competitivos, já que é no treino de conjunto que os valores da entreajuda e do empenho em favor do colectivismo são cultivados.
Reconhecendo existirem atletas com registos apreciáveis, nomeadamente nas provas de desporto escolar, Juvenal Magueta aponta a necessidade de estabelecer novos protocolos de cooperação com a Escola Secundária e a Escola Básica 2/3 da Gafanha da Nazaré, sobretudo, para potenciar a formação desportiva e cívica de alunos dispostos a integrar a equipa de atletismo do GDG.
Texto: Hélder Ramos
Na foto (Os irmãos Magueta, Juvenal e João Carlos, na 22ª Meia Maratona de Ovar) Diário de Aveiro |