Os deputados municipais de Aveiro aprovaram, esta noite, a nova estrutura da organização dos serviços do município. A alteração, que resulta de uma imposição legal, prevê um novo organigrama dos serviços, com vista a criar maior eficiência, economia e celeridade, conforme foi apresentado pela vereadora dos Recursos Humanos, Ana Vitória Neves. A nova estrutura não convenceu totalmente a oposição (PS e BE acabaram por votar contra). Gonçalo Fonseca, deputado socialista, questionou a evolução financeira deste novo quadro de organização. “Em 2005, a despesa com pessoal era de 12,4 milhões de euros e em 2010 era de 14,8 milhões de euros. Ou seja, a despesa com pessoal aumentou 2,4 milhões de euros”, criticou, ao mesmo temo que questionava se este novo organigrama irá representar um aumento ou diminuição de despesa. Já Pedro Pires da Rosa, também do PS apontou o dedo ao facto de esta proposta “estar a espartilhar o departamento jurídico e a dividi-lo”. Nelson Peralta, do BE, aproveitou a discussão deste ponto para lembrar que a actual maioria ainda não procedeu a reorganização das empresas municipais. “Não percebemos como é que, em cinco anos, o executivo ainda não integrou as empresas municipais nos serviços municipais”, apontou o deputado bloquista.
Filipe Guerra, do PCP, por seu turno, defendeu que existiam aspectos que poderiam ser melhorados, como é o caso do gabinete de comunicação. “Entendemos que este gabinete não se deveria cingir ao Executivo Municipal. Deveria ser também representativo dos órgãos municipais”, argumentou. Manuel António Coimbra, do PSD, surgiu em defesa da proposta do executivo camarário, sublinhando que esta novo organigrama surge de “acordo com os sinais dos tempos, apostando em estruturas mais agilizadas”. Na resposta as críticas levantadas pela oposição, a vereadora dos Recursos Humanos escusou-se a responder a questão relativa as empresas municipais. Relativamente ao impacto financeiro desta nova organização dos serviços, Ana Neves explicou que esse não é “o propósito” desta alteração. Coube a Elio Maia responder as críticas em torno das mudanças no sector jurídico, explicando que o departamento jurídico estava “transformado num enorme porta-aviões. Diário de Aveiro |