O Partido Socialista de Ílhavo lamenta que a autarquia faça o corte de despesa à conta de cortes na acção social, cultura e protocolos com as Juntas de Freguesia. José Vaz leu o Plano de Actividades e Orçamento e deu nota negativa. Diz que ao contrário do que aconteceu no ano passado, desta vez a maioria não acolheu qualquer uma das sugestões do partido. “As juntas é outros dos assuntos. O presidente diz que o PS mentem. Os protocolos no orçamento de 2010 tinham 225 mil euros. Já dizíamos que era uma ninharia. Este ano pode dizer que dá 225 mil mas o Orçamento fala em 200 mil”, refere José Vaz em declarações do programa “Discurso Directo”.
José Alberto Loureiro, do PCP, diz que os documentos podem nem reflectir a realidade dos factos uma vez que há apoios que podem surgir no decorrer do ano. Ainda assim, o voto contra, diz o deputado municipal, está sustentado na informação veiculada pelos documentos. “Só tenho que me cingir aos números que estão no orçamento. Se durante o ano modificar as verbas poderá vir a ter razão. Neste momento não tem”, sublinha o deputado municipal.
Francisco Rocha, líder demissionário do PP, realça os cortes nos apoios sociais e sugere cortes noutras áreas. “O que me choca são estes apoios sociais numa altura em que era preciso olhar com mais cautela para os aspectos negativos que esta crise traz às pessoas. Gostaria de referir números que me parecem significativos. O Município gasta cerca de 241 mil euros em estudos, pareceres, projectos e consultoria. Estava convencido que pelas características técnicas do pessoal da Câmara tem que não se poderia alargar por um campo destes”, crítica o representante do PP no debate quinzenal da Terra Nova.
Mario Júlio Ramos, do PSD, explica que a parceria com as instituições é para manter e lembra que em matéria de acção social, os partidos não devem esquecer as competências da responsabilidade do Governo. “Desde os clubes às IPSS, pergunto qual deles não tem na Câmara um grande parceiro? A oposição tenta baralhar isto mas o apoio às IPSS está definida por lei e é do Governo central. Mas a autarquia tem estado ao lado das instituições e associações”, afirma o representante do PSD em debate na última edição do programa “Discurso Directo”. Diário de Aveiro |