Já existe acordo firmado entre os actuais corpos dirigentes do Beira-Mar e os antigos dirigentes do elenco liderado por Artur Filipe. Ficou esta noite encerrado o processo negocial que permite o levantamento do arresto das receitas de bilheteira. A garantia de pagamento de algumas verbas reclamadas por José Cachide, Caetano Alves, Carlos Nuno, Orlando Neves e João Manuel Silva ficou selada num documento possível devido a cedências de ambas as partes.

Os órgãos sociais, com António Regala no papel de porta-voz, tinham dito na última terça-feira que algo teria de ser feito até final da semana sob pena do clube ficar ingovernável. Esse apelo deu frutos e o intensificar dos encontros nos últimos dias, com mediação de elementos do universo beira-marense, acabou mesmo com o acordo entre as diferentes partes envolvidas no processo.

Está viabilizada a realização do Beira-Mar/Benfica e o clube de Aveiro volta a ganhar fôlego para gerir não só a época mas o futuro no médio prazo. Com este passo poderá voltar a cumprir com os compromissos mais prementes da gestão diária.

Aguarda-se uma tomada de posição pública nas próximas horas sobre este acordo mas é certo que os momentos de afogo transferem-se agora para a criação de receitas e cumprimento do plano acordado.

É de admitir que parte da receita do encontro com o Benfica tenha como destino o pagamento de dívidas aos ex-dirigentes mas a solução encontrada permite desde logo a libertação de verbas de outros encontros para pensar na regularização de salários e do pagamento à segurança social que o presidente em exercício tinha assumido estarem em atraso no último mês.