Mário Costa apresentou, esta noite, a demissão da liderança do Beira-Mar e diz que o clube só tem futuro nas mãos dos ex-dirigentes. Falharam as negociações com os credores para retirada de penhoras e o clube avança para eleições, provavelmente, no dia 4 de Dezembro. Até lá o restante elenco directivo assegura a gestão diária.
O único avanço registado, esta semana, na reunião mediada por Fernando Gomes, presidente da Liga, foi o pagamento de 60 mil euros e mais 48 mil euros de um cheque pré-datado acordado com Artur Filipe. José Cachide pedia como garantia a escolha de passes de jogadores e reconhecimento da dívida da autarquia ao Beira-Mar mas a autarquia diz que não pode dar essas garantias. O antigo dirigente não terá chegado a dar resposta.
Sem respostas, a direcção apresentou o pedido de demissão. “Vamos esperar que alguém se disponha a continuar o trabalho e encontre condições. Acho que o clube não pode acabar. O clube está ingovernável. Há hipótese de aparecer outro projecto ou uma lista da confiança dos ex-dirigentes. Sinto grande mágoa por tudo o que está a acontecer”, disse Artur Moreira, o presidente da AG.
Apenas uma sócia pediu a palavra, com voz embargada, para apelar à continuidade dos actuais órgãos sociais.
O Vice-presidente do Beira-Mar, António Cruz, discorda do pedido de demissão do presidente Mário Costa e diz que os restantes elementos da direcção vão manter-se em funções até 4 de Dezembro. Diário de Aveiro |