A Federação Nacional de Educação mostra-se preocupada com os cortes na ordem dos 11% previstos no Orçamento de Estado para esta área. José Frade, membro da FNE, diz que o Ministério da Educação está a provocar um retrocesso educacional e lamenta que os cortes possam incidir nas actividades de enriquecimento escolar, uma das formas de combater o insucesso escolar e que já soma bons resultados: “É preocupante quando o ME apresenta medidas para 2011 que são um retrocesso quando se diz que é uma escola de qualidade que se quer. Quando se anuncia redução das despesas de funcionamento na ordem dos 11%, despesas essas que são orientadas parta as Actividades de Enriquecimento Escolar que protegiam o sucesso escolar e onde já havia bons resultados, é realmente preocupante”.
José Frade critica, ainda, a vontade do Governo em reduzir o número de docentes nas escolas, quando há uma claramente uma fala daqueles profissionais. O membro da FNE assegura que muitos professores não conseguem, hoje em dia, trabalhar apenas as 35 horas semanais ditadas pelo estatuto: “Prevêem a redução de docentes nas escolas já no ano lectivo de 2010/2011, mas já estamos confrontados com a falta de docentes. Penso que o objectivo é evitar os contratos de trabalho. Essa é uma gestão que via prejudicar a escola e o seu funcionamento, enquanto existem colegas que fazem mais do que as 35 horas semanais”.
José Frade, membro da FNE, em declarações ao programa “Conversas” para ouvir hoje, a partir das 19 horas. Diário de Aveiro |