ASSEMBLEIA MUNICIPAL MANTÉM TAXAS DE DERRAMA E IMI PARA 2011.

A Assembleia Municipal de Ílhavo aprovou, por maioria, manter o valor da Derrama para 2011 em 1,5%, mantendo, assim, a taxa máxima fixada no ano anterior.

Quanto ao IMI, mantém-se a taxa de 0,8% para os prédios rústicos. Já no que toca aos prédios urbanos, mantém-se a taxa de 0,7%, bem como a taxa aplicada aos prédios urbano já avaliados que se mantém em 0,4%. Foi ainda aprovada uma majoração em 30% à taxa aplicável a prédios urbanos degradados, nomeadamente para os que possam representar perigo para a segurança das pessoas. Segundo a autarquia, esta será a solução para reter a queda das receitas da Câmara Municipal.

Flor Agostinho diz que a aplicação dos impostos municipais foi sempre feita de forma coerente e determinada. O deputado do PSD refere, ainda, que os munícipes concordam com aqueles valores, já que continuam a confiar nos sociais-democratas para liderar a autarquia: “A implementação deste imposto no concelho de Ílhavo, tem sido feita com muita determinação e coerência porque o PSD sempre defendeu as taxas máximas. E estas taxas máximas foram sufragadas em actos eleitorais. Os nossos munícipes sabem quais são as taxas de IMI praticadas neste concelho e têm dado razão a essa aplicação porque sentem a ambição da construção de vários equipamentos e infra-estruturas”.

António Pinho, do CDS continua a defender que os impostos não devem agravar a situação da população, mas admite que fará mais sentido fazê-lo agora, numa altura em que o país vive uma situação dramática: “Não devemos continuar a onerar a população com mais impostos, sejam de que natureza forem. Quando o país vive um momento como este, seria importante desonerar o mínimo que fosse, mas, é também mais justificável aplicar a taxa máxima agora do que noutro momento qualquer, já que toda a conjuntura para isso indica”.

Pedro Martins, do PS, garantiu compreender a importância das taxas municipais para fazer face às despesas da autarquia, mas louvou a proposta do Governo em baixar a taxa de IMI em 0,1%, sublinhando que seria possível reduzir ainda mais: “O PS percebe que a receita do IMI tem sido cada vez mais importante para fazer face às despesas correntes da Câmara Municipal. Sempre defendemos que havia margem para reduzir uma décima. Estamos feitos com esta taxa, mas acreditamos que seria possível reduzir mais”.

Já o PCP acredita que a crise leva à queda das receitas das autarquias. José Alberto Loureiro disse, ainda, que o PS ainda não se deu conta da actual situação do país: “O movimento e as receitas da Câmara têm vindo a baixar, uma situação que também se verifica nas restantes autarquias do país. A crise levou a esta situação, mas parece que o PS ainda não percebeu a real situação em que o país se encontra. Há pessoas que compraram uma casa por 200 mil euros e pagam 1400 euros de IMI.É muito dinheiro para quem já está a pagar ao banco”.

A Assembleia Municipal de Ílhavo aprovou, ainda, por unanimidade, as alterações ao Regulamento do Museu Marítimo de Ílhavo.


Diário de Aveiro



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