É mais uma queixa relativa aos preços praticados pela nova empresa responsável pelo abastecimento de águas da região. Um munícipe aveirense aproveitou hoje o período aberto à participação do público na Assembleia Municipal de Aveiro para se insurgir contra os aumentos impostos pela ADRA – Águas da Região de Aveiro. José Neves foi pedir aos deputados municipais para que intervenham no sentido de alterar a situação, em especial no que toca aos valores de tarifas de disponibilidade que estão a ser cobrados, considerando que o que está a acontecer “é um roubo”. “É, de facto, inadmissível”, frisou, ao mesmo tempo que se dizia disposto a ir com o caso para tribunal.
Uma intervenção que acabou por merecer o apoio por parte da maioria das bancadas municipais. “Penso que a câmara municipal de Aveiro deve intervir de imediato junto da ADRA”, defendeu António Salavessa, do PCP. Já o deputado Ivar Corceiro, insistiu naquilo que tem sido a ideia base do Bloco de Esquerda. Voltou a defender que a água deve ser mantida no domínio da gestão pública. Também o vogal socialista Raul Martins e o deputado do CDS/PP Carlos Barros comungaram das queixas do munícipe. Raul Martins fez mesmo questão de referir que, esta a situação já era previsível. “Começa-se a consumar o que estava escrito nas estrelas”, lamentou.
Por parte do executivo municipal de maioria PSD-CDS/PP, surgiu a convicção de que o caso exposto pelo munícipe será um caso particular e não a regra. Ainda assim, o vereador Pedro Ferreira assegurou que irá expor o caso à ADRA. Diário de Aveiro |