PÁROCO DA GAFANHA DA NAZARÉ APELA A REVOLTA POSITIVA CONTRA MUNDO DOENTE.

A Igreja assume que é preciso uma revolução assente em valores positivos para superar os efeitos da crise. O pároco da Gafanha da Nazaré aproveitou, ontem, a celebração religiosa em honra de Nossa Senhora dos Navegantes para considerar que há injustiça profunda nas sociedades modernas e que é necessário alterar o rumo. “O mundo não está bem. É um desafio permanente e devemos que acreditar que a esperança é possível mas isto exige das sociedade e da Igreja uma revolta. Não é uma revolta de armas ou sangue. É a revolta a paz e da justiça; a revolta da solidariedade e da fraternidade; da sobriedade e do trabalho; da responsabilidade pessoal e colectiva”, disse o Padre Francisco Melo. O pároco justificou com uma referência ao quadro de riqueza vivido por uns e de pobreza que atinge parte da população. “Vivemos num mundo em que os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres e indefesos. Mas vivemos num mundo em que os riscos e as suas estruturas financeiras deixaram de ter rosto e nome. E é este sem rosto e sem nome aliado a um mundo globalizado que permite que num gabinete do outro lado do mundo se decida o destino de milhões, os quais nunca irão conhecer a sua dor e a sua miséria”, sublinhava o Pároco da Gafanha da Nazaré no dia em que milhares celebraram as festas em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes.


Diário de Aveiro


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