JOSÉ CARLOS MOTA DEFENDE IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS CÍVICOS.

José Carlos Mota salienta a importância dos movimentos cívicos na vida democrática. Diz que devem participar na vida diária com estímulo para melhorar a gestão e o funcionamento da democracia. Um dos rostos do movimento “Amigos da Avenida” realça essa presença na esfera pública como chave para melhorar a gestão.

Depois de um semestre marcado pela troca de palavras com o Executivo Municipal de Aveiro sobre projectos como o Parque da Sustentabilidade ou a ponte pedonal sobre o canal central, José Carlos Mota sublinha a falta de suporte técnico de muitas intervenções: "Muitas intervenções de planeamento visam intervir numa determinada realidade sem perceber como ela funciona e, por isso, sem antecipar os seus possíveis impactos. Para além disso, o poder tende frequentemente a negligenciar a clarificação das razões que suportem os seus investimentos. É por isso natural que face a esta situação surjam movimentos cívicos, como os Amigos d´Avenida, que procurem acentuar a necessidade do poder clarificar a racionalidade que está por detrás dos projectos e processos que têm a ver com o planeamento do futuro da nossa cidade".

José Carlos Mota refere que a democracia hoje em dia está frágil e que devem ser os cidadãos a lutar por uma democracia melhorada: "A complexa relação entre o poder e a racionalidade é um sinal de alguma fragilidade da nossa democracia, mas também é um alerta para não a assumirmos como adquirida".

Adianta, ainda, que a luta poderá melhorar uma democracia local: "A democracia tem de ser procurada todos os dias nas suas diversas instâncias e se os cidadãos que não se envolverem nessa luta, provavelmente deixará de existir. A intervenção dos grupos cívicos deve ser olhada sobretudo como um estímulo para melhorar a gestão pública e o funcionamento da nossa democracia local".


Diário de Aveiro



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