FEIRA DO LIVRO ABAIXO DAS EXPECTATIVAS. MODELO VAI SER REPENSADO.

A Feira do Livro de Aveiro tem de ser repensada. A edição deste ano, que terminou ontem, não correspondeu às expectativas dos promotores.

Maria da Luz Nolasco, vereadora do pelouro da cultura da Câmara de Aveiro diz que o Rossio continua a ser um local de eleição, mas é fundamental adoptar outro modelo e cruzar a feira com outras áreas: “Temos de repensar o actual modelo da Feira do Livro. É para continuar, mas com um modelo diferente. Temos de estudar porque é que não foi suficientemente forte para estimular a vinda das pessoas à Feira. Não quer dizer que o Rossio não seja um sítio de eleição porque é um local central e um sítio de congregação de pessoas e público, mas o formato em si tem de ser alterado. Deverá haver um estímulo por parte dos livreiros e, também, um cruzamento com outras áreas que não necessariamente a música. Além de ser vender o objecto livro, tem de se vender uma ideia e um propósito”.

A Feira do Livro, pode ser um modelo em vias de extinção. Maria da Luz Nolasco refere que os livreiros deixaram de ser os únicos agentes a vender livros e isso pode afectar este tipo de certames: “Acho que o que está a perturbar as Feiras do Livro é a venda de livros noutro tipo de estabelecimentos. Os supermercados continuam a vender livros e a fazer promoções e pacotes promocionais que cativam as pessoas. Além disso, há pequenas feiras que se fazem nas escolas, nos mercados, nas feiras de artesanato e design urbano. O livreiro deixou de ser o único agente vendedor de livros”.

Feira do Livro de Aveiro, com poucos visitantes. A edição deste ano chegou ontem ao fim.


Diário de Aveiro



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