O agrupamento de Escolas de Aveiro diz que não há razão para polémicas com o projecto de evocação do Centenário da República. A recriação da Mocidade Portuguesa terá motivado queixas de um encarregado de educação por ver a filha com roupas e gestos que evocavam a mocidade portuguesa.
Joaquina Moura, responsável pelo projecto, diz que se tratou de um caso pontual sem afectar o projecto: “Houve apenas um pai que manifestou desagrado em ver a sua filha vestida com aquela indumentária. Os outros pais concordaram com a actividade”.
Ainda sobre o mesmo tema, Joaquina Moura aproveitou para responder às críticas do Bloco de Esquerda. Diz que as queixas não foram fundamentadas e resultaram de falta de informação: “Tenho pena que ao fim de tantos anos a viver em liberdade e democracia não haja ainda a abertura suficiente para se questionar as coisas. Se um deputado da nação queria saber o que passa, bastava ter-se dirigido a nós. Até hoje não o conheço. Nunca contactou a escola nem a mim e, por isso, não sei como teve acesso à informação que levou para a Assembleia da República e que está errada e eu ainda não tive oportunidade de explicar ao deputado aquilo em que o projecto realmente consiste”.
O agrupamento de escolas apresentou hoje o projecto de evocação do Centenário da República em Portugal.
Há encenações sobre a monarquia, o regicídio, a 1ª República, o Estado Novo, os congressos da Oposição Democrática e o 25 de Abril. Acção que envolve alunos das escolas do 1º Ciclo e dos Jardins de Infância de Aveiro. Diário de Aveiro |