A presidente da concelhia socialista de Estarreja afirma que a crise sentida no país deveria fazer pensar muitos dos que se queixam, sobretudo os que estão ligados à função pública. Marisa Macedo admite alguma surpresa quando ouve lamentos de quem tem salário garantido no momento em que os preços se mantêm estáveis:” Se virmos bem, os professores e os funcionários públicos recebem ao dia 18 de cada mês e sabem que recebem o subsídio de férias e Natal naquela data certa. Numa situação como aquela que todos estamos a viver, acho que os funcionários públicos não têm propriamente motivos para andar contra tudo e contra todos e a espalhar esses sentimentos porque o grande problema são as pessoas que estão desempregadas e que não sabem com que o podem contar e que têm as suas contas para pagar. Com essas pessoas é que eu me preocupo”.
A análise da presidente da concelhia socialista de Estarreja na crónica “Actualidades” na véspera de uma manifestação nacional em Lisboa.
Marisa Macedo lembra sectores de actividade em que há complicações para pagar salários e manter postos de trabalho: “Tal como tenho consideração por aqueles que trabalham, tenho também pelos profissionais independentes que não sabem quanto vão ganhar ao final do mês, assim como os empresários por conta própria que não sabem se no fim do mês vão ter dinheiro para pagar aos funcionários, à Segurança Social, ao Estado e que precisam de acordar todos os dias com vontade de trabalhar para dar o melhor de si próprio e assim ganhar o seu próprio sustento, das suas famílias e de todos aqueles que dependem deles. Por esses tenho de facto uma grande admiração”.
A análise da antiga deputada eleita pelo Partido Socialista. Diário de Aveiro |