Jorge Carvalho, professor na Universidade de Aveiro, considera que o parque da sustentabilidade pode ser “o grande desafio, a grande oportunidade para a Cidade” na criação de “um eixo ecológico, de lazer e de mobilidade pedonal, polarizador de pessoas e de actividades, complementado por atravessamentos transversais” entre os parques da cidade. Deixa, no entanto, sugestões porque o desenho que existe para o local “não só não responde suficientemente a esse desafio como até, se concretizado, iria comprometer gravemente o potencial existente”.Justifica com a edificação prevista entre o Parque D. Pedro e a Baixa de Santo António e entre a Baixa de Santo António e o Cais dos Moliceiros. Nota ainda para o “pequeno espaço ainda disponível na Rua das Pombas, que permitiria a ligação à zona verde do Bairro de Santiago, seria destinado a via automóvel, anulando essa possibilidade”. O professor já revelou esta visão junto dos serviços da Autarquia de Aveiro deixando porta aberta para correcções.
Numa análise acompanhada também por Carlos Borrego, também membro da Plataforma Cidade, o especialista da UA em ambiente quer ir mais longe na definição dos investimentos com estudo da qualidade do ar e que medida é possível influenciar as opções ao nível do reordenamento do tráfego. Defende que “um modelo em escala reduzida do Parque da Sustentabilidade para ensaio em túnel de vento daria inúmeras respostas sobre estas e outras situações de qualidade do ar”.
O Parque da Sustentabilidade é um projecto liderado pela Câmara de Aveiro, aprovado através do Programa Operacional “MAIS CENTRO”, e pretende afirmar a cidade de Aveiro como um espaço de inovação e de competitividade. A área de intervenção deste projecto integra 199.106m2, abrangendo as seguintes zonas: Bairro do Alboi, Baixa de Santo António, Parque D. Pedro, Parque Mário Duarte e Rua das Pombas. Diário de Aveiro |